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domingo, 30 de janeiro de 2011

Alimentação saudável ajuda a controlar as emoções. ÔMEGA 3!



O cérebro é formado em maior parte por gordura e para que ele possa processar informações de forma fluída e flexível precisa também de uma gordura mais fluída e flexível



Você já deve ter visto diferentes tipos de gordura. Por exemplo, a gordura de carne bovina em temperatura ambiente é mais rígida do que a gordura vegetal. Sabendo que nosso cérebro é formado em maior parte por gordura, qual delas você escolheria para "alimentá-lo"?

Segundo o neuropsiquiatra e pesquisador, David Servan-Schreiber, a melhor escolha são as gorduras mais líquidas, em especial os ácidos graxos ômega 3. Por quê? Porque o cérebro é formado em maior parte por gordura e para que ele possa processar informações de forma fluída e flexível precisa também de uma gordura mais fluída e flexível.

Diferentes hábitos alimentares mostram o impacto do ômega 3 em nossa saúde. A depressão pós-parto costuma ocorrer de três a vinte vezes mais em países do ocidente do que em países do oriente. Tal discrepância se dá porque no oriente há maior consumo de peixes e mariscos, alimentos ricos em ômega três.

O ômega 3 é fundamental para a constituição do cérebro e manutenção do seu equilíbrio, é por isso que essas gorduras são a principal nutrição que o feto recebe pela placenta...É também por isso que as "reservas" da mãe que já são baixas na dieta ocidental caem de forma dramática nas últimas semanas da gravidez? e continuam diminuindo durante a amamentação, o que aumenta o risco da depressão pós-parto. Mães precisam de ômega 3 para si e para o bebê!

Servan-Schreiber também aponta a importância do ômega 3 para a redução de sintomas relacionados ao transtorno bipolar, ansiedade, depressão , esquizofrenia, insônia, fadiga, baixa libido e irritabilidade.

Veículo: GPS Net
Seção: Fórum
Data: 03/02/2010
Estado: RS


Fonte: Associação Brasileira de Psiquiatria.

Comer fast-food aumenta o risco de depressão



Comer gorduras saturadas detona a saúde mental, segundo um estudo espanhol que associa o consumo de fast-food e produtos industrializados à depressão. Estima-se que 150 milhões de pessoas no mundo sofram deste transtorno mental.


 
Para chegar a essa conclusão, os autores analisaram a DIETA diária e os hábitos de 12.059 pessoas por seis anos, e levaram em conta outros possíveis fatores para a depressão. No início da investigação, nenhuma delas sofria da doença, mas, ao final do estudo, 657 tiveram diagnóstico confirmado. Uma provável explicação é que a GORDURA TRANS, a ruim, a que inflama artérias do coração, tem o mesmo efeito nos neurônios.

 
Resultado: o grupo que fez alto consumo de GORDURA TRANS apresentou 48% de aumento no risco de depressão comparado com participantes que não ingeriram esta gordura, diz Miguel Ángel Martínez-González, das universidades de Navarra e Las Palmas de Gran Canaria (Espanha), principal autor da pesquisa, publicada na revista científica "PloS One".

 
- Descobrimos ainda que o azeite de oliva e as gorduras poliinsaturadas, abundantes em peixes, por exemplo, protegem contra doenças mentais - afirma o cientista.

 
Os dados talvez expliquem porque há maior incidência de depressão no Norte do que no Sul da Europa, dizem os autores. Em países como Espanha e Grécia há maior consumo de legumes e azeite de oliva, o que faz grande diferença na proteção do cérebro. Na Holanda, Noruega, Dinamarca, entre outros, a DIETA tem mais laticínios com gorduras saturadas, pães lambuzados de manteiga e bolos.

 

DIETA com frutas e peixes protege o cérebro

 
Um detalhe é que a pesquisa foi realizada numa população com baixo consumo de GORDURAS TRANS, de até 0,4% da energia total ingerida. E mesmo assim houve elevação do risco para depressão em quase metade dos participantes. Em populações de países onde o consumo de GORDURA TRANS é alto (nos Estados Unidos o índice alcança 2,5% da energia total diária), o perigo é ainda maior, acreditam os autores.

 
Há dois anos, outro estudo da Universidade de Londres analisou os dados de 3.500 funcionários públicos, com média de 55 anos, e chegou à mesma conclusão dos espanhóis. Nesse artigo, publicado na Revista Britânica de Psiquiatria, foi constatado que comer frutas, verduras e pescado aumenta a proteção contra sintomas depressivos. Os voluntários que faziam ALIMENTAÇÃO rica em comida processada apresentaram 58% mais chances de sofrer da doença.

 
O alto nível de antioxidantes de frutas e vegetais, assim como o folato, vitamina do grupo B encontrada em brócolis, espinafre etc, parece ter efeito protetor. Já a gordura poliinsaturada de peixes é importante para os neurônios.

 
Na avaliação do psiquiatra Geraldo Possendoro, professor do curso de especialização em Medicina Comportamental da Unifesp, uma hipótese para explicar a relação entre GORDURAS TRANS e depressão é que as pessoas estão mais estressadas e se alimentando mal.

 
- A GORDURA TRANS aumenta a produção de radicais livres nas células, gerando um desequilíbrio que talvez possa causar sinais de depressão.

 
Colaborou Jaqueline Falcão, da sucursal em São Paulo.

Fonte: O Globo